
"O Beja-flor", fala Pe. Duran, "seis meses do ano está morto e nos outros seis está vivo. Quando sente que está chegando o inverno, procura uma árvore frondosa que nunca perde as folhas e com instinto natural acha uma fenda e põe-se em raminho junto aquela fenda e intromete nela o bico quanto pode e está lá seis meses do ano, quanto dura o inverno, sustentando-se só da virtude daquela árvore, como morto. Vindo a primavera, recobrando a árvore nova força e criando folhas novas, o passarinho, ajudado pela virtude da árvore, torna a ressuscitar e sai dali a criar e é por isso que os índios dizem que morre e ressuscita."
